Vamos esclarecer algumas dúvidas que surgem sobre o procedimento, de quando uma partida é decidida nos tiros desde a marca do pênalti(decisão por pênaltis).
1. A ESCOLHA DA META
Para
começar, o primeiro “problema” encarado por um árbitro quando da
cobrança das penalidades. Em qual trave será batido as cobranças? Muitas
vezes, a pressão é grande por parte das equipes para que a cobrança
seja feita onde se encontra sua torcida no estádio. O árbitro é o único
responsável por esta escolha. Alguns fatores devem ser levados em conta
nesta opção: Condições do terreno
– Caso haja uma área em melhores condições para as cobranças esta deve
ser escolhida levando-se em conta a marca do pênalti e a posição dos
goleiros. Segurança: Alguns estádios têm uma de suas traves em lugares menos seguros que a outra. Esta deve ser descartada. Bom senso: Caso ambos os capitães queiram a mesma trave, lave suas mãos! Imparcialidade:
Caso as traves estejam em mesmas condições e a “única” diferença é as
torcidas atrás dos gols, não havendo um consenso, parta para o sorteio
entre os capitães e evite problemas maiores por uma decisão sua. Lembre
que você nunca agradará Gregos e Troianos, deixe a decisão para a moeda e
mantenha um clima menos tenso para as cobranças.
2. QUEM FICA NO CAMPO?
Somente os
atletas que terminaram a partida. Caso uma equipe tenha jogadores a
menos em campo por expulsões durante o jogo, a equipe com maior número
de atletas deve “excluir” jogadores até que equipare o número de
jogadores. Por exemplo: A equipe “A” teve três atletas expulsos durante a
partida e a equipe “B” teve um atleta expulso. Então, a equipe “B” deve
informar ao árbitro o nome de dois atletas que serão retirados para
equiparar-se em número a equipe “A”. Ou seja, ficarão 8 jogadores de
cada lado “aptos” a cobrar os pênaltis.
Esta
inclusão na regra deu-se pelo raciocínio de não beneficiar os
infratores. Caso eu tenha um jogador expulso durante o jogo,
teoricamente, meu adversário poderá excluir seu “pior” cobrador após o
jogo.
3. PUNIÇÕES NAS COBRANÇAS?
Mesmo não
fazendo parte da partida, as punições disciplinares da mesma são levadas
para as cobranças. Os jogadores continuam submetidos a autoridade do
árbitro e estão sujeitos a receberem cartões amarelos e vermelhos como
no jogo. Casos como adiantamento de goleiros serão punidos com cartão
amarelo na reincidência. Jogadores expulsos não podem ser substituídos.
Ou seja, caso um goleiro seja expulso durante a cobrança deverá ter em
seu lugar um dos seus companheiros de linha habilitados para as
cobranças assumindo seu lugar. Após o início das cobranças não há mais a
equiparação numérica das equipes, ou seja, se uma equipe tiver algum
atleta expulso a outra não deverá excluir um jogador. Nas cobranças de
tiros desde a marca do pênalti não há número mínimo de atletas no campo,
ou seja, caso toda uma equipe seja expulsa sobrando somente seu
goleiro, assim mesmo a partida não é encerrada. Este goleiro cobrará e
defenderá todas as cobranças.
4. QUEM COBRARÁ?
É
realizado um sorteio entre os capitães. O vencedor escolhe se baterá a
primeira ou a segunda cobrança. É definido uma série de cinco cobradores
que baterão as penalidades alternadamente. Caso persista o empate após
estas cobranças um sexto cobrador deve ser escolhido entre os que não
cobraram e segue-se um mata-mata com uma cobrança para cada lado. Caso o
empate persista após a cobrança de todos habilitados (inclusive os
goleiros), inicia-se nova série (não necessariamente na mesma ordem da
primeira série).
5. ONDE FICO NO CAMPO?
Todo (e
somente) o jogador habilitado (exceto goleiros) deverá ficar no círculo
central até o momento de sua cobrança. O goleiro da equipe que está
cobrando o pênalti deverá aguardar na interseção da linha de fundo com a
área de pênalti.
O árbitro
central coloca-se (diferentemente de um pênalti durante a partida) na
extremidade da pequena área (área de meta) para ter uma boa visão do
cobrador e do goleiro. O assistente (normalmente o mais experiente)
coloca-se na junção da linha fundo com a pequena área. Durante um
pênalti durante o jogo ele fica na junção da linha de fundo com a grande
área (área de pênalti) pois pode haver rebote e ele deve regressar
rapidamente para a linha do penúltimo defensor, já nas decisões deve se
aproximar da meta para ter uma visão mais aproximada da bola. O outro
assistente deverá permanecer no círculo central controlando os
cobradores.
*Procedimento sem a presença de árbitros adicionais.
6. RESPONSABILIDADES
Como não
precisa mais cuidar a invasão da área, o árbitro central acumula a
responsabilidade de sancionar adiantamentos dos goleiros. O assistente
somente fica concentrado na situação de gol não gol.
7. QUANDO VALE O GOL?
Uma cobrança tem validade até cessar seus efeitos, ou seja, até que a bola pare sem haver infrações a regra do jogo.
Exemplos:
1. Após a cobrança um bola bata no poste suba muito e retorne para dentro do gol; gol válido.
2. Após uma cobrança a bola bate na trave, nas costas de um goleiro e entra; gol válido.
3. Após uma cobrança a bola bate na trave e no rebote o cobrador chuta para dentro; não é gol.
4. Após a cobrança um goleiro faz uma defesa parcial a bola sobe, ganha efeito e entra no gol; gol válido.
5. Após uma cobrança o goleiro faz uma defesa parcial e no rebote o cobrador faz o gol; não é gol.
TENHO CERTEZA QUE ESSE TEXTO VAI SER DE BOM PROVEITO, NÃO SÓ PARA NOSSOS ÁRBITROS, MAS TAMBÉM PARA ALGUNS JOGADORES QUE DESCONHECEM POR ALGUM MOTIVO AS REGRAS E OS PROCEDIMENTOS DE UMA DISPUTA DE PÊNALTIS.
Max Roberto.
BLOG DO GACIBA